30 de abril de 2020

14 a caminho do quarteirão contas bem feitas





sou feliz a fazer "estrada" contigo, seja qual for o caminho por onde seguimos. sou feliz por saber que te tenho. venha o que vier. haja o que houver. sou feliz no teu espírito pró ativo no meu coração passivo. sou feliz quando nos vejo a fazer tchim tchim num restaurante em strasbourg numa outra vida, quase miúdos, a roçar apenas a maioridade. sou feliz a ver-nos aqui desde esse dia, a ver a vida a ser dura e a ser leve, muitas vezes cheia, muitas vezes quase a transbordar, a trazer tudo o que precisamos, mesmo que nem sempre seja o que mais queremos. nós, um tu, um eu. no meio de tudo o que já vivemos para ser quem somos, nos lugares que preenchemos juntos, nos dias que nos ligamos mais que nunca apesar dos quilómetros aos milhares. nas subidas que fizemos, nos silêncios que nos uniram.  uma história cheia de histórias para contar às memórias. vivências em muitas direções a fugir sempre da monotomia e do marasmo. uma vida que recheamos de três vidas em ebulição, que levamos a reboque de como decidimos viver os dias. é o nosso caminho, o nosso percurso, a nossa história, diferente de todas as outras, as que nos precederam, as que nos ladeiam. o mesmo entusiasmo, a mesma paciência para deixar acontecer tudo de novo uma e outra vez como no primeiro dia e como no primeiro beijo perdido lá atrás algures em 1995. sei que o caminho vai quase a meio e vejo-nos a caminhar juntos nos mesmos moldes. a preencher os dias, a vida e a nossa história de mais histórias para contar às memórias. as que partilhamos no nosso núcleo, o que construímos, são as que devemos sempre sublinhar no texto, as que devemos colocar a bold, e repetir em voz alta como se lêssemos um livro com a voracidade de descobrir o capítulo seguinte. temos uma lista infindável de quereres e a calma e a tranquilidade de saber que a faremos lado a lado. saibamos manter a paciência e a ambição equilibradas na balança enquanto mantemos a aceitação em níveis de equilíbrio normais.
sou completamente apaixonada pelas nossas memórias e pelo que vivemos juntos em conjunto. sou completamente apaixonada pela primeira pessoa do plural que construímos ao longo dos anos, desde o primeiro dia do resto da nossa vida. temos na boca o sabor agridoce das despedidas, dos regressos, das esperas, do lá e do cá. sabemos de cor os dias de ausência. sabemos de cor os dias de presença. sabemos da ginástica, das cambalhotas, das piruetas e dos saltos em altura. sabemos da imperfeição da vida. sabe-mo-nos perfeitos um para o outro aqui, agora, ontem e esperamos que amanhã. 
às vezes temos de ser pacientes para esperar que a vida faça o que faz melhor, dar voltas. juntamos retalhos anarquica e de forma imperfeita para a manta que contará a história da nossa vida. parabéns melhor amigo de sempre com A de amor.

eu vista por mim

eu vista por mim
novembro1982