31 de dezembro de 2012

étoile du matin





















acabamos o ano em ronchamp. dia 1 tudo igual. cá e lá.

20 de dezembro de 2012

pai natal


















querido pai natal eu sei que tu és um gordo piroso consumista e nada saudável, nem sei como conseguem as renas arrastar-te em cima do trenó por esses céus fora (olha que aqui o puto mais pequeno já diz nó de trenó). bem sei que passaste a beber só coca cola há mais de um século e isso não anda a fazer-te nada, mesmo nada, bem. eu até  acho que és o bode expiatório do comércio porque à conta do jesus também se trocam prendas. cada um é levado na corrente que quiser e ajusta à sua medida as tradições que mais lhe interessarem. eu sei que tu vens muitas vezes aqui espreitar, também sei que estamos em crise e tal, e que a verdade, verdadinha, não estou precisada de objectos, mas falando aqui para os meus botões e como me parece que não precisaremos de um chalet, só de guardar para não sei ainda bem o quê. olha para o que vier. hoje tomei banho em silêncio e achei que precisava de creme para passar no corpinho e talvez uma base para camuflar uns encurrilhados aqui e ali, sei que até hei-de poupar a latinha de creme porque tenho passado muita hora só com putos a olhar para mim. também me lembrei, em sequência, onde estava com a cabeça para levar um vestidinho assim arranjadinho se a maior parte das vezes se não estou de meias tenho terra nas sapatilhas. trouxe-o de volta. hoje vamos fazer um natal, o natal  é quando o homem quiser certo? vamos ter uns cracker's `a nossa moda que nos hao-de divertir, vamos acender a lareira e cozinhar em conv´ivio. nós as duas, muitos homens. isso chega-me.

19 de dezembro de 2012

o mundo à escala




















a abrir um mapa perdido no carro.
o mundo é assim tão grande?
ah mas isto é tão pequenino, as casas, as ruas e tudo, é só riscos e riscos e riscos.
podiam fazer um mapa enormíssimo mesmo enormíssimo para se poder ver tudo!

11 de dezembro de 2012

deste lado



















faltas-nos. esta noite mais um par de mãos tinha dado jeito que procurar termómetro e supositórios, pôr água num copo com um menino choroso e febril sempre atrelado faz-se mas é mais confortável quando há trabalho de equipa com papeis bem distribuídos. eu cá acho que é só um desarranjo que surripiou chocolate, que à segunda o controlo não é tão apertado, mas era escusado continuar com os movimentos condicionados.
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deste lado a coisa não ficou por ali. eis que a noite seguinte brindou de vómito tapetes, lençóis, paredes e chão. o protagonista não foi o mesmo e qual príncipe adormecido continuou a dormir. a mãe quis que as máquinas tratassem de tudo no dia seguinte mas a grande vaca sorria de luzinhas a piscar e não fazia andar o carrossel de roupa.
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depois na noite seguinte, como me enganei, pensei que me iam dar tréguas mas, sou uma bruta a apertar o saco cama do bebé e ele baralhou o seu sistema nervoso central e eis que lhe despertou a macacoua. fomos ver o horizonte que aqui não há para já razão para a claustrofobia e acalmou a olhar para as entoações da "joana come a papa" que saíam do rádio em modo repete e repete e repete.

10 de dezembro de 2012

fizeram bolachas



















e brincaram os 3 às mães e aos pais. "a maior parte das pessoas adultas é ficar acordado um bocadinho de tempo e depois é que ir dormir." M quase 5 anos.

insectos em ordem



















uma exposição por 1,5 euros por adulto que valeu muito a pena. os 3 percorreram quase todos os labirintos atrás de todas as características de animais de 6 patas. elas, claro, com 8 patas, foram ausentes.

9 de dezembro de 2012

nós por cá


































adivinha-mo-los muito companheiros. as distâncias, entre elas, os 8 meses, vão encurtar com o tempo.

7 de dezembro de 2012

organizemo-nos






















mudei muitas fraldas ao mais pequeno cresceu tanto e é notório e o maior também claro, as fontes de transmição de saber talvez tenham sido limitadas mas ele traz mais vivências fora das rotinas que conhecia e acho que muito número na cabeça. deixamos lá, nas paredes da casa de banho, uma soma e uma subtração em folhas apanhadas no pátio e post it's preenchidos, colados nos azulejos, mas que mãe tão pirada! a máquina de costura não viajou em vão. entre outras pequenas costuras há 4 novos calendários do advento! falta-lhes um número em cada bolso e tirar-lhes as encorrilhas e tal. um deles ficará disponível em breve, por ali para quem o quiser agarrar.

6 de dezembro de 2012

x














cruzaremos os céus de novo. ao quentinho de outros afectos.

5 de dezembro de 2012

capotada

























ainda não dei a mão à palmatória e muito menos a boca ao comprimido. estava remunerada mas tinha mais de 6 horas para a maternidade e desde há quase 5 anos frequento, nesse âmbito, o ensino superior em busca da pofissionalização. sei de antemão que nunca trarei o canudo mas nunca fui ao engano e por muitas apalpadelas que tenha dado nos primeiro meses fiz sempre muito trabalho de casa e investigação por conta própria. não me posso considerar, portanto, uma má aluna mesmo que saiba que neste curso os anos mais difíceis e exigentes estão por vir e o derradeiro estágio trará muito provavelmente uma sensação de vazio para a qual nos devíamos preparar com outro curso  (se calhar o síndrome do ninho vazio tem mais capítulos e o corropio abre e fecha gaveta a ver onde andamos nos entretantos, nós ou pelo menos uma parte de nós, tem outros capítulos.) sempre quis muito horas com eles, as boas e as más, as fáceis e as difíceis, as divertidas e as aborrecidas e queixei-me sempre com olhos brilhantes e "olheirudos". e depois, e depois quase ninguém está bem, em casa, no trabalho, sem trabalho, sem tempo, com tempo, etc. e ou isto ou aquilo. e num repente eles para mim as 24 horas num país diferente porque a família se quer junta. e no entretanto organiza e desorganiza que aos quatro anos precisam de continuar os dias estruturados e eles estavam com uma estrutura do nosso agrado. mais investigação, recolhas, horas de leituras e a emergir a educadora de infância que há em mim, há muitas coisas em mim, devia escrevê-lo no espelho da casa de banho por estes dias em letras gordas, organiza-se e ao fim de dois meses reconhece-se que não chega. não lhe chega, não nos chega. e pqp para isto que choveram muitos dias e finalmente nevou. e o bebé que deixa de o ser de dia para dia a crescer, lá pelo meio, engraçado, a fazer brotar palavras, habilidades várias e mais fraldas à mistura e menos comida no chão e a autonomia a explodir. estamos num centro de conexões mas isto não é uma viagem a ver o mundo e a viver aventuras, talvez tenha tido laivos de distração em que imaginei que sim que podia ser um bocadito, só mesmo um bocadito. as aventuras até as podemos viver, que as vivemos, mas em muitas horas de clausura e isso não nos está a fazer bem que isso eu sei racionalizar. que o maior é preguiçoso para mexer as pernas e eu não posso arrastar dois carrinhos por essa cidade fora. registo aqui mais regularmente as coisas boas que preciso ter um rescaldo permanente e pensar que mmmm não foi assim tão mau deixa-te de tretas. às vezes são mesmo muito pequeninas mas vasculho sempre a ver se as encontro. não me adianta muito o pudor nem a raionalização dos problemas porque tenho um faquir à minha frente, sei que ele não me há-de acertar com nenhuma mas também sei que para onde quer que me vire vou sentir desconforto porque me faltam umas coisas à direita e outras à esquerda, umas em cima e outras em baixo. e raios partam esta vida não é ela sempre assim? para todos? e não me venham com a treta do costume que aos que têm muito pode também faltar outro tanto, depressões, doenças, dúvidas, angustias, fatalidades, avarias grandes e pequenas não as temos todos? por pouco, por muito pouco e por muito? e isto ou aquilo.  sim o mínimo também todos o devíamos ter claro. existe a perfeição? estarei já a capotar? nem me interessa que não vou dar a mão à palmatória. para já derrapo pelo maior que não está bem horas demais enfiado nas mesmas paredes e a ver o meu focinho. não quero que viva o que vivi ou o que desejei viver ou o que gostaria que vivesse, tipo sonhar uma carreira que não alcancei para ele, por isso ando às apalpadelas porque nos trocamos as voltas. e depois a continuação fica assim para outros capítulos. e viverão felizes por muitos momentos do sempre sim?

4 de dezembro de 2012

carta ao pai natal





 
todos os anos a mesma história. escolhe UM presente que anseie que lhe traga o pai natal que misteriosamente o deixará na manhã de 25. este ano uma máquina fotográfica.

3 de dezembro de 2012

36















o pai faz anos. tenho o cérebro pouco oxigenado. neva mas é lá fora. passei mais de 6 horas na cozinha, sem contar com as horas na preparação das últimas quase 60 refeições e a contar com pequenos almoços, lanches, almoço e preparação da festa e as últimas nunca dou por mal empregues. não estou completa nem cá nem lá.

2 de dezembro de 2012

snow weekend





















"isto de andar na neve foi uma delícia" foi o que concluiu quando chegamos a casa e a 5 dias de voltarmos. não adivinhávamos que na manhã seguinte acordaríamos com o pátio de casa coberto de neve. fomos à montanha e no dia seguinte ela deixou-nos neve à porta.

1 de dezembro de 2012

brincar? trabalhar? jogar?




foi um 3 em 1 enquanto, à vez, construiamos um desenho em papel quadriculado que o outro teria de copiar. têm sido uns dias pouco estruturados, de vez em quando descobrimos umas brincadeiras com trabalho camuflado que fazem sucesso.

eu vista por mim

eu vista por mim
novembro1982