30 de novembro de 2015

newton ears dog

























abrir sempre a porta aos passeio mais inesperados mesmo com meninos pequeninos. a biblioteca do colégio trinity guarda algumas das orelhas de cão de newton, uma particularidade de marcação dos livros por si explorados, que referenciava não só as páginas do seu interesse como também a parte de texto que queria aprofundar ou relevar na sua leitura. newton, dizem, foi quem mais impacto teve na história da ciência. a propósito da maravilhosa visita à biblioteca revimos este episódio em particular,
*
mama agora já não deve ser tão fácil descobrir estas coisas todas, já há tanta coisa que nós já sabemos que deve ser dificil descobrir coisas novas.

29 de novembro de 2015

window



tens saudade da outra casa e eu já tenho saudades desta.


28 de novembro de 2015

coração na alimentação

























inglaterra 2015 não há sopa nas refeições escolares. não há legumes na escola. o pocket lunch traz sandwiches. e nós temos dificuldades de engolir isto. e eles de engolir aquilo.

27 de novembro de 2015

home

























trouxemos da rua um galho, decora-mo-loreunimos playmobis temáticos e a  nossa #littlelovelylightbox e cheirou um bocadinho a natal. e mais ramos que nos decoram a vida aqui e ali. bom fim de semana.

25 de novembro de 2015

22 de novembro de 2015

around the world


























-vamos dormir, já é noite os primos ligaram mas agora não atendem...
-claro, já devem estar a dormir que lá também é de noite, não vês que o céu não é partido?!!!
é inteiro, não é cortado assim às fatias!

conteúdo visual, filho grande.
conteúdo oral, filho pequeno

21 de novembro de 2015

o nosso espaço


























aterramos devagarinho, espalhamos o nosso cheiro, contemplamos todas as vistas enquadradas pelos caixilhos que mais nos seduziram. já sabíamos que nos bastava o básico. deixá-mo-los escolher quem os acompanharia os sonhos e trouxemos uma nova imagem espacial para o seu espaço. aconchegam-se num astronauta desenhado nos países baixos, produzido em portugal e aterrado em inglaterra. eles já sabem que o mundo é grande e anda à roda.

20 de novembro de 2015

paralelepípedos e brincadeiras infinitas



























somos fãs de playmobis e peças de madeira. cubos e paralelepíedos que nos permitam fazer a imaginação voar. já usamos as nossas peças para cálculo mental, para muitas tardes de brincadeira e para infinitas construções. estas adaptaram-se de um jogo jenga e de um jogo solitário mas compraríamos um saco de pano com um conjunto de sólidos geométricos de madeira sem adições supérfluas. 

19 de novembro de 2015

hedgehog



























a propósito de um hospital de ouriços cacheiros chegamos ao parque. serviu, serve sempre para qualquer coisa, para exploraras imediações.

18 de novembro de 2015

this moment

























diz que a sala quase pára para lhe espreitar os desenhos. dois lados de uma moeda. confiança bem vinda e afunilamento de competências.

17 de novembro de 2015

segunda vida às calças




























uma camisa e umas calças rompidas no meio das pernas têm ainda muita vida a dar. hoje são uma almofada e escaparam do lixo porque há sempre uma nova oportunidade de mudar de vida...

15 de novembro de 2015

época natalícia

























traremos as nossas decorações. entretanto ficam ideias passadas. 1, 2.

13 de novembro de 2015

wip



























são histórias aos quadradinhos que vão agasalhando rapazes de ontem de hoje e de amanhã.

5 de novembro de 2015

ligações


























não lhes subtraiamos emoções. são difíceis de gerir. de monitorizar. mas são também o que de mais humano existe. ser recebido em apoteose aquece o coração nos dias mais frios. here we go again.

4 de novembro de 2015

a vida a preto e branco

























imagens bonitas do nosso melhor ângulo, unhas pintadas, banhas encolhidas, paisagens idílicas, festas divertidas e pós coloridos a impregnar os nossos melhores sorrisos são o que se leva e sobretudo o que se quer mostrar desta vida. a parte boa da vida. desfilar conquistas, medalhas, viagens, sucessos e mudanças. partilhar tem muito que se lhe diga. a vida também é a preto e branco. ter uma relação amor ódio com a partilha, com este apoteótico desfilar de umbigos do século xxi dava pano para mangas. tenho pano para as mangas, faço as minhas camisolas.  ser isto e aquilo.

p.s. depois esbarramos nisto mas o melhor era convocarmos um grupo de amigos para jantar e tricotamos opiniões, era assim que gostaríamos de fazer.

3 de novembro de 2015

o meu melhor avô

























queria muito ter guardado todas as frases que disseste. todas as refeições que partilhamos quando esperava que regressasses impregnado de cheiro a serrim. guardei aquele teu dia angustiado pela tua nítida consciência que os teus dias se acabavam todos os dias. tu querias fazer tudo. eu sabia que tu eras uma espécie de sábio. a imagem de um sábio. eras gigante, doce, tranquilo o mais afectivo dos adultos no masculino. estudavas todos os dias a medicina dos teus dias e sabias. falavas com os netos sem infantilidade, com paciência, respeito e correspondência. nunca tinhas lido sobre parentalidade positiva. naquele dia em que toda a família se sentia perdida nas tuas atitudes e tiveste de sair eu corri atrás de ti e trataste-me com respeito. eras o menos exaltado e o que mais razões para isso tinha. segredaste-me o amor que tinhas por todos. naquele dia fiquei da tua altura quando me segredaste o os teus raciocínios sem eco no meio dos adultos. depois, naquele dia de natal percebi nitidamente que a directa que fizeste de forma sobrenatural para nos dar a mais preciosa prenda de toda a nossa vida seria das últimas. foi o teu último fôlego. está torneado em cada uma das reentrâncias que nos quiseste deixar. a primeira lágrima que te vi cair por não as teres conseguido forrar de ouro. por não as teres conseguido fazer reluzir. era dia de natal. dali saiste para o hospital e resististe uns meros 6 dias mais. nem mais nem menos. o ano novo começou sem ti. 1990 começou sem ti. tínhamos chegado a esboçar projectos para a minha adolescência e a tua reforma. queria muito ter guardado as tuas conversas. as tuas palavras. as tuas partilhas. a tua morte não me custou. eu não sabia o que custavam as mortes. as mortes não custam. as mortes são só momentos. momentos de um dia. o que custa vem depois. custa o vazio dos anos seguintes, custa agora a ausência de uma pessoa que não se chegou a viver. custa não viver uma pessoa que se queria muito viver. custa a ausência da pessoa que mais se queria viver. custa a ausência da pessoa que mais queria que os nossos filhos conhecessem. eras o bisavô idealizável.

2 de novembro de 2015

look both sides


























olá futuro. espero que te encontres bem, de boa saúde e cheio de momentos felizes. nós por cá andamos. vamos caminhando e usufruindo do que nos aparece pela frente temos estratégias mentais para o que há-de vir e incluímos o máximo de imprevistos e reviravoltas que imaginamos poder ainda ter no nosso processo de gestão mental. sabemos com todas as forças e experiências que o passado já nos deu, e não são poucas, a inevitabilidade das quebras no percurso linear e já fizemos contas a muitos cenários que possam atravessar todos os quadrantes possíveis. conseguimos que isso não nos inquiete. para aqueles que nos descendem a coisa muda de figura. estão em crescimento todos os dias, sedimentam informação no seu baú mental. sabemos como são preciosas estas camadas de sedimentos que se alojam para formar memórias de vários tipos de minerais compostos. alguns, autênticas pedras preciosas e nessas haverá o amor, a amizade e a inteligência emocional de que muitos se esquecem. futuro, tu que estas aí no silêncio do teu devir responde-me se as pedras preciosas que mais quero que brilhem e fiquem lapidadas ficaram bem sedimentadas  nestas maiores preciosidades que tenho. depois, diz me por favor que estes dias tão duros que lhes estamos a acrescentar se arrumáram no baú da sabedoria emocional e se os mesmos não estão a agitar e a fazer tremer as experiências mais positivas já consolidadas, os sorrisos, os saltos, as ligações afetivas mais circunstanciais mas não menos importantes e todas as ilhas que já lá estávam formadas e com muitas hiperligações. diz me que estes dias tão duros se transformáram em meras ferramentas futuras convertidas em armas sólidas para adultos equilibrados , respeitadores , afetivos , competentes, resilientes e assim mais uma meia dúzia de adjetivos que sosseguem o espírito de uma mãe. até já futuro vê-mo-nos tão em breve quanto nos seja possível .

1 de novembro de 2015

das tradições

























o halloween não nos pertence, o pão por deus nada nos diz. o primeiro dia de novembro tinha incluída uma formalidade familiar. a dimensão espiritual não dizia o mesmo a todos. a cerimoniosa visita ao cemitério esvaziava-se no convívio familiar e no encontro para infinitas brincadeiras que esse dia proporcionava. era um dia feliz. mas lá dentro, lá dentro desses dias cheios ou vazios de significados havia a tradição. as tradições pertencem-nos, constroem-se e destroem-se, mudam-se, adaptam-se, transformam-se, recriam-se, miscigenam-se. é fora e dentro das rotinas que guardamos memórias. na procura dos nossos momentos concentre-mo-nos no essencial. e depois e depois não podemos perder estas e deixar levianamente entrar tudo.

eu vista por mim

eu vista por mim
novembro1982