26 de janeiro de 2016

free school lane



























reinvente-mo-nos. diz que as nossas crianças estão cheias de estímulos e que a concentração, num mundo de luzes a piscar, é o maior desafio. há um novo mundo escolar por abrir sobretudo que não se encerre em avaliações constantes. há famílias a libertar-se em processos de unschooling e outras a construir escolas em casa ou dentro de uma comunidade. há países longe a explorar outros caminhos e escolas perto com caminho feito fora do circuito estereotipado. há muitas reflexões muitas visões certeiras. a necessidade premente de formar melhor quem forma. é urgente passar conteúdos codificados que vêm do passado sem a sensação de despejar um camião de areia até deixar a cabeça de fora e o corpo preso de milhares de crianças. este ano absorvemos aberturas na forma de trabalhar na escola primária, às vezes vão de encontro a muitas reflexões actuais: não há avaliações formais, a escola termina pouco depois das três, há muito trabalho no tapete, os trabalhos de casa são curtíssimos, pontuais e incluem jogos de computador. aliciante portanto para meninos do século XXI. mas ser dos S'Se dos MAS e ser isto e aquilo e tudo ao contrário é uma baralhação. andamos sempre a tentar empurrá-los para fora do afunilamento visual que as tecnologias introduzem e para longe de um certo amorfismo corporal que elas vinculam, por isso, abrir um computador para fazer trabalhos de casa que são jogar é matar uma tarde de libertação e abrir as portas do encadeamento electrónico bloqueador. ser dos S'S e dos MAS faz-me andar num constante rewind a desejar modelos do século mais que passado. a desejar repetir com outro filho o mesmo modelo de alfabetização "obsoleto", "precoce", "tradicional" porque esse modelo trazia com ele uma professora do futuro, envolvente, mágica e empática, que fazia das letras personagens de muitas histórias e fazia-as aparecerem nos estojos dos meninos. não sei se importa saber que escola será essa do futuro. importa talvez formar melhor quem forma. 

2 comentários:

madrid disse...

Concordo plenamente: importa formar melhor quem forma! Nem sabes quanto esas palabras vêm hoje a calhar!

M de M disse...

inacreditável....parece que estamos em sintonia, sendo que tu já estás a um gigante passo à minha frente. Já não acredito em revoluções e fico triste por perceber que aqui não há alternativas. (Até o homeschooling deve ser uma palavra proibida, discriminada socialmente ainda aqui o é certamente). Por isso me estou a reinventar aos 40, mãe de duas filhas uma que acabou de nascer e outra que acabou de entrar para a primária, enquanto "ainda " (outro grande SS e MAS...) tenho que trabalhar para nos sustentar. Mas não vou baixar os braços porque elas merecem toda a magia que é aprender !
estás onde ? como ? porquê? ;-)

eu vista por mim

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novembro1982