16 de novembro de 2017

poliedros de platão


não interessa que a imagem seja a materialização da técnica do quadrado usada na batalha de aljubarrota, cheia de palitos espetados e buracos camuflados baptizados de tocas do lobo. é deslumbrante voltar a espreitar portas e janelas de descobertas quando se tem filhos em idade escolar. temos como máxima que aprender, brincar e descobrir deviam ser três palavras que raramente deviam largar as mãos. a filosofia hoje tinha o seu dia, contou-nos o rádio pela amanhã e o nome Platão veio fazer saltar filho grande e despoletar de novo o fervilhar de ideias com que tinha chegado no dia anterior. tínhamos papeis rascunho deixados por casa com projectos de descoberta dos poliedros de Platão e seus poderes, pedidos para exploração do tema e o tema ameaçava ficar a marinar por causa da falta de tempo. e este é um mergulho que não devíamos deixar escapar porque é o mergulho motivado de uma criança. e a motivação é pedra preciosa na relação de amor tão importante que uma criança estabelece com a descoberta. contra os dias que lidamos com trabalho mimético, contra os dias que nos inundamos de tarefas rotineiras, contra os dias que os jantares, os banhos e a dispersão de tarefas nos consome. a favor dos dias em que nos sentamos e caminhamos, em família, em descobertas, seja com que motor de arranque for, marchar, marchar!


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eu vista por mim

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novembro1982