este, parece-me, o passo de gigante de siza na sua carreira. a fundação ibere camargo, que constroi em porto alegre, no brasil, tem todos os ingredientes para o fazer voar mais uma vez. é uma magnífica obra que suplanta serralves e santiago de compostela. ele farta-se de percorrer as mangas, virtual e fisicamente, que já deve conhecer como as palmas das mãos e que são funcionalmente próximas destas. e eu começo a vê-las por um canudo é que a inauguração, para já marcada para o início de março, aponta-me para uma altura de mobilidade condicionada.
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o museu é um tema relativamente recente na história da arquitectura, solidificaram-se enquanto tipologia no século XVIII mas durante o século XX pulverizaram-se pelo mundo. hoje qualquer cidade rivaliza por um e a maior parte aposta em actividades complementares utilizando (às vezes mais, às vezes menos) vertentes lucrativas.
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ao contrário de serralves e santiago, do mesmo autor, cujo programa era vago e sem coleção própria, a fundação ibere camargo, tem uma coleção alojada de raiz do pintor que lhe dará nome e cuja obra é pouco conhecida pelo menos na europa tendo sido aliás ela própria o mote para a sua construção. ibere camargo morreu em 1994, pertenceu à geração de portinari e deixou uma vasta obra expressionista no brasil. nós já apreciamos o catálogo.
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cá para mim siza misturou num caldeirão oscar niemeyer, lina bo bardi, frank lloid wright e uma bagagem repleta das suas experiências sensoriais ao longo da sua vida umas mais outras menos relacionadas com arquitectura e materializou a obra para o século XXI.
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e eu a vê-la por um canudo.
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quase quase
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