15 de julho de 2013

hiking em baldenberg




























programamos duas visitas para um só dia. tinham-nos falado de ballenberg, um museu rural ao ar livre, como um programa a não perder com crianças. como já havíamos falado em fazer queijo  emmental e havia alguma proximidade geográfica ficou decidido incluir os dois programas num só dia. mas já com os pés no terreno a primeira paragem trocou-nos as voltas e demos de caras com mais de 2 quilómetros de extensão de habitações tradicionais suíças regionalmente distribuídas numa imensa variedade de percursos. não era de todo um "portugal dos pequeninos" mas uma suiça rural em grande. trocadilhos e comparações que dariam longos temas de conversa à parte, acabamos por reverter um dia de viagens  num dia de hiking, talvez o maior desporto deste país. começamos por fazer uma espécie de caça às actividades oferecidas e partimos em busca de alguns "ver fazer". engolimos as pataniscas que trazíamos para  merenda e avançamos a passo largo porque já havia chocolate a ser derretido na outra ponta do recinto. pelo caminho fomos surpreendidos por muitas paragens porque se demoraram a observar o ciclo do mel, a afagar animais, a ver tecer num processo com tanta matemática quanto o "nosso" jogo, a ver derreter ferro, a observar o ciclo da produção de corda ou simplesmente a acertar o passo nas subidas mais íngremes. foi um dia inteirinho e por isso trocamos o queijo programado para o lanche por fruta e cereais que quase sempre enfiamos nas mochilas. o percurso de regresso foi mais arrastado e a bem da verdade houve alguma batota ao verdadeiro hiking sobrecarregando adultos com esforços extra. mas o percurso de regresso não seria de todo ausente de estímulos e mesmo com cansaço à mistura e muitas horas em cima retemo-nos a perceber em profundidade o processo de produção de carvão vegetal. aquele monte negro a esfumaçar-se despertou o interesse de todos. o processo era explícito com maquetes à escala real de todos os passos e com axonometrias e descrições fundamentadas. durante a visita os adultos falaram muito do inquérito à arquitectura popular e da riqueza subvalorizada do que temos ou talvez ainda da falta de dinheiro constante para a valorizar ou de muitas outras coisas que se encadeiam e se bloqueiam umas nas outras num emaranhado difícil de apanhar a ponta. num apanhado superficial conseguiria extrair ainda mais ateliers do que os por nós observados entre os bilrros do minho ou as meias da serra de ossa. porque portugal é tão rico e às vezes não sabe disso. 

1 comentário:

madrid disse...

"porque portugal é tão rico e às vezes não sabe disso", mesmo!

eu vista por mim

eu vista por mim
novembro1982