26 de março de 2013
entre animais, chuva e neve
enquanto o filho grande desenhava à vista, o filho pequeno iniciou-se com a tesoura. fiz-lhes um jardim zoológico.
24 de março de 2013
do que nos interessa a nós
21 meses, não hão-de ser iguais, mama papa bubu vóvó titi, são canja de galinha. vão-se esvoaçando as primeiras vezes, às vezes as primeiras vezes nem existem, esfumaçam-se nos treinos e depois num repente já foi mais uma aquisição ultrapassada sem dia nem hora marcada. já tem beijinhos na ponta da boca e menino e menina assim com todas as sílabas. depois há sílabas que traduzem objectos ou nomes próprios, muitos saltam de canções por associações. é assim com o dó para viola, pa para pato, pá e prato, pé para pé, peixe e de pé. muitas onomatopeias, muita mímica, o aeiou e o número 2 porque há um irmão muito por perto.
22 de março de 2013
21 de março de 2013
no dia do equinócio
fomos brindados com um belíssimo arco íris que tão depressa apareceu como desapareceu e num intervalo de sol esbarramos com as 3 cores primárias. hoje, arrasta-mo-las e descobrimos as secundárias enquanto o mini menino espalhou café num cartão.
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20 de março de 2013
uma escavadora compasso
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19 de março de 2013
mama podes escrever-me aqui uma coisa?
vê quanto é que eu te gosto muito - a quantidade de estrelas que há no mundo. olho para ti e vejo que no mundo não há nenhum pai assim. este desenho é para ti. m aos 5 anos.
18 de março de 2013
de plasticina
do pai saiu uma mãe e um pinguim, da mãe saiu um bebé no carrinho e um filho grande, do filho grande saiu um gato.
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17 de março de 2013
a passear entende-mo-nos melhor,espandi-mo-nos. chovia e até encontramos uma árvore guarda chuva
uma escultura contra a fome ao lado doburgerspital e do rehab spital, uma malus domest. boscoop sem folhas e uma árvore com nome por investigar. passear é mostrar mundo e hoje também falamos de paraplégicos e reabilitação.
16 de março de 2013
15 de março de 2013
14 de março de 2013
hoje
dez horas da manhã, uma praia de inverno só para nós. como gostamos dela assim. levamos muita areia nos bolsos, quando voltarmos é primavera.
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7 de março de 2013
5 cêntimos não lhes muda a vida mas fê-la revisitar a dela
um dia a rita ficou com a mochila cheia de pedras, ideia da joana. a rita lia clássicos da literatura em inglês nos corredores do primeiro ano do secundário durante os intervalos, as hormonas aos saltos, personalidades em ebulição, e a rita lia, serena que só ela, senhora de si. a introversão tolha atitudes e na adolescência há tempos de uma espécie de aprisionamento transitório em grupos. aquele tinha 3 elementos, um era motor, outro arranque o terceiro observador. o observador reprovou a ideia e a sua execução, chegou a prolongar a reprovação no pensamento pelos dias seguintes, mas desconectava o que pensava do que dizia ou do que não dizia e nada disse. foi conivente e por isso deplorável como ela, como a joana. ontem a partilhar peixe cru continuou a calar, em prol de uma suposta integração social que não valoriza, um ou outro achaque de discurso cru na dissecação da vida alheia que nos diverte e entretém a todos, a toda a gente, quase sem excepção. e à sobremesa enquanto 2/3 enublava mais um bocadinho o que está mesmo à nossa frente com a pontinha dos cigarros, um pedinte de 5 ou 10 cêntimos, só 5 ou 10 cêntimos. o fumo continuou a enublar e o silêncio reinou e ainda que soubesse que na carteira só lhe tilintavam moedas de outros sítios e nem um cêntimo, o silêncio foi o que mais lhe ensurdeceu, de novo. o seu silêncio. acho que adormeceu em sinapses constantes, entre o esquerdo e o direito, a desgraça alheia nunca lhe é indiferente e não anda a distribuir moedas, que não anda. foi um despoletar. a rita deve ter mais graça do que nunca. a graça que por definição designa a qualidade ou conjunto de qualidades que fazem agradável a pessoa que as tem, não a que nos torna uns engraçados e tontos. mas o jantar foi bom para quem aprecia o cru não fosse a criança pequena ter acordado e posto verdadeiramente ao serviço um babysiting especial. um dj profissional, um estreante bem sucedido e uma dj na eminência de perder a virgindade, consolaram-lhe os ouvidos enquanto tentava corresponder nas conversas e nas mensagens instrutórias a ver se o puto sossegava que aquelas horas, mais uma vez, já não lhe pertenciam. eram da maternidade, da sua maternidade.
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3 de março de 2013
2 de março de 2013
e se não houver nada para fazer
se algum dia lhes ouvir um "aqui não há nada para fazer" vou preocupar-me. a manifestação de tédio numa criança, parece-me um mau sinal porque uma criança deve ter a capacidade de revertê-lo. não é suposto uma criança dar o tempo como perdido, o seu tempo "perdido" é sempre tempo ganho, ou deveria ser. a incapacidade de não saber o que fazer à falta de um electrónico ausente é, nos nossos dias, uma realidade difícil de combater. sabermos estar connosco próprios, sabermos no meio do nada encontrar ferramentas de diversão é poder. é preparar futuros adultos seguros de si e não dependentes de ferramentas externas. sabermos que uma caneta e um papel nos permitem muita coisa. se não houver caneta pode haver uma pena e tinta escondida numa planta. sabermos que uma praia vazia/cheia de pedras é material mais do que suficiente para horas de brincadeira. que nós, a sós consigo mesmos, temos uma poderosa ferramenta que nos permite sonhar. e sonhar também nos alimenta um bocadinho. há sementes a lançar queremos muito que germine qualquer coisa.
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1 de março de 2013
sou pessoa de luxos me parece
apanharmos sol na cara sentados na areia pelas 9:30 da manhã não sei bem quanto nos custa em moedas. e ele há cada luxo mais difícil.
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novembro1982