by umademim
22 de setembro de 2020
memórias de verão
20 de setembro de 2020
vida em azul
terão uma infância exposta a muita informação. às vezes também é preciso esvaziar. não ir, não ver, não fazer. só estar. parar. ficar. reduzir os estímulos, as coisas, as viagens, as exposições que lhes inundam as memórias. parar. deixar as memórias serem arrumadas nas gavetas. mas neste balanço mareado que tem sido a nossa vida ter certeza que as vivências que carregam os constrói únicos e singulares na sua / nossa história.
19 de setembro de 2020
o poder da nossa paz outdoor
18 de setembro de 2020
2020 da sorte que temos
15 de setembro de 2020
distanciamento mental
esta natureza que carrego continua a recusar-se a entrar numa espécie de histeria coletiva. há desafios gigantes em contaminações próximas mas há cá dentro uma espécie de repulsa em reconhecer o não óbvio. atrai-me, atraiu sempre, o distanciamento social, viva às praias vazias de outono, atrai-me o ninho com os meus se o balançar com inputs muito esporádicos de convívios selecionados a dedo. atrai-me a contenção, atrai-me o convívio faccionado, atrai-me o contacto distanciado, atrai-me o silencio. mas não vivo em calmia se estas crianças não brincarem em liberdade e não casarem o corpo e a mente. se não conviverem com os pares, se não desenvolverem interação mesmo que reduzam substancialmente o número de contactos. que este ano nos traga nada mais que viroses ligeiras e a prova de que o mundo continua igual.
14 de setembro de 2020
"pontapé e fé em deus"
é o pontapé de saída. inicio de um estranho ano letivo. a dinâmica muda. retirada de ecrãs com reclamações que se contagiam. ao segundo dia o miolo da nossa vida brindou-nos com mozart no piano. numa espécie celebração do madrugar. o mini tentava cantar o som que lhes lancei já que agora a magia da roda das canções na escola está extinta por causa dos covids. a escola a implementar razoabilidade. a vida a recomeçar no balanço delicioso das rotinas que nos orientam os dias e nos ritmam os convívios. daqui a uns meses desejaremos a anarquia de estarmos juntos, o ir daqui para fora, o estar de calções e uma tshirt. nada de novo. é sempre neste balanço dos opostos que nos alimentamos. pré escolar. primeiro ciclo. segundo ciclo. tudo a espalhar-se em novos desafios. e esta retaguarda que nos sabe a sobremesa. farta de gel desinfetante e do espírito ameaçador de noticias superficiais. farta de números sem historia e de previsões do futuro próximo.
3 de setembro de 2020
triangulações

14 de agosto de 2020
deus das pequenas coisas
Deus das pequenas coisas. O caminho que se faz caminhando. Das aldeias que as formigas constroem. Da natureza construtora sem intenções. Da espontaneidade da vida selvagem. Das coisas sem importância. Da vida devagar. Da natureza das coisas.
8 de julho de 2020
alimentar a alma
7 de julho de 2020
meia dezena our boys

23 de junho de 2020
9 meses dentro 9 anos de fora
3 de junho de 2020
confinamento rebelde-desconfinamento confinado
1 de junho de 2020
ausente e omnipresente
estou atrás da câmara. estou em trânsito. a levá-los, a trazê-los. estou a segurar toalhas e merendas e casacos e tpc's. estou ausente, quase omnipresente. invisível, sempre audível. a montar memórias e encontros e contactos e a dar-lhes pessoas. estou cá atrás a vê-los mergulhar, a vê-los crescer. estou cá atrás quase sempre a assistir numa plateia improvisada sempre a tentar recusar o ímpeto de os encher com mais objetos e a navegar em permanência em programas que impliquem sempre ir. fazer caminhos. construir memórias. montar experiências. lançar-lhes tapetes de muitas texturas. podia deixar fluir porque o que for é de qualquer maneira mas esta talvez seja uma espécie de missão. sou ausente e omnipresente e pouco consistente. sou do ir e do vir.
30 de abril de 2020
14 a caminho do quarteirão contas bem feitas
sou feliz a fazer "estrada" contigo, seja qual for o caminho por onde seguimos. sou feliz por saber que te tenho. venha o que vier. haja o que houver. sou feliz no teu espírito pró ativo no meu coração passivo. sou feliz quando nos vejo a fazer tchim tchim num restaurante em strasbourg numa outra vida, quase miúdos, a roçar apenas a maioridade. sou feliz a ver-nos aqui desde esse dia, a ver a vida a ser dura e a ser leve, muitas vezes cheia, muitas vezes quase a transbordar, a trazer tudo o que precisamos, mesmo que nem sempre seja o que mais queremos. nós, um tu, um eu. no meio de tudo o que já vivemos para ser quem somos, nos lugares que preenchemos juntos, nos dias que nos ligamos mais que nunca apesar dos quilómetros aos milhares. nas subidas que fizemos, nos silêncios que nos uniram. uma história cheia de histórias para contar às memórias. vivências em muitas direções a fugir sempre da monotomia e do marasmo. uma vida que recheamos de três vidas em ebulição, que levamos a reboque de como decidimos viver os dias. é o nosso caminho, o nosso percurso, a nossa história, diferente de todas as outras, as que nos precederam, as que nos ladeiam. o mesmo entusiasmo, a mesma paciência para deixar acontecer tudo de novo uma e outra vez como no primeiro dia e como no primeiro beijo perdido lá atrás algures em 1995. sei que o caminho vai quase a meio e vejo-nos a caminhar juntos nos mesmos moldes. a preencher os dias, a vida e a nossa história de mais histórias para contar às memórias. as que partilhamos no nosso núcleo, o que construímos, são as que devemos sempre sublinhar no texto, as que devemos colocar a bold, e repetir em voz alta como se lêssemos um livro com a voracidade de descobrir o capítulo seguinte. temos uma lista infindável de quereres e a calma e a tranquilidade de saber que a faremos lado a lado. saibamos manter a paciência e a ambição equilibradas na balança enquanto mantemos a aceitação em níveis de equilíbrio normais.
27 de março de 2020
QUARENTENA DÉCIMO QUINTO DIA
26 de março de 2020
QUARENTENA DÉCIMO QUARTO DIA
25 de março de 2020
QUARENTENA DÉCIMO TERCEIRO DIA
ontem tentamos estruturar melhor os trabalhos. não correu mal. vamos cumprir os exercícios tradicionais mas cruzaremos com a introdução de novos paradigmas de estudo. somos capazes, nem todas as famílias o serão, aproveitemos as trocas de aprendizagens entre todos e entre as ferramentas disponíveis de saber, de cultura, de materiais, de criatividade e de tudo o mais que temos ao dispor. escola e família com oportunidade de se meterem na vida uma da outra como nunca e, numa família numerosa, um imperativo. os cumprimentos laborais andam no mesmo nível de toda a gestão e de todas as dimensões da vida. o tele trabalho fora de horas laborais. voltei aqui mas ainda não consegui voltar a uma série de outras coisas em que o eu esteja num outro nível. há mais eles, e os outros. a vida a acontecer e a mandar. há uma lista mental de ideias. um milhão de intenções mas domar meia dezena de seres vivos com vontades próprias e mil emoções à mistura é a mais exigente tarefa dos dias. ainda há chocolate, o mar parece um lago, o sol brilha, a vida lá fora suspensa como se o sol se tivesse apagado da pele. décimo quarto dia, permiti-mo-nos sair. muniram-se de bicicleta, skate e trotinete. a marginal tem fitas condicionar o estacionamento. esticaram-se na areia o sol deu-lhes alguns beijinhos na pele, não o suficiente para trazerem em vez de areia vitamina D. mas a areia é matéria moldável e o X parou a senti-la. a polícia interpelou-nos. as ordens são manter a circulação. não lhe dissemos que não tínhamos feito nenhuma saída há 14 dias nem para qualquer ida ao supermercado, temos o nosso próprio bunker onde repescamos munições. ainda há chocolate, o mar parece um lago, o sol brilha, a vida lá fora suspensa como se o sol se tivesse apagado da pele.
24 de março de 2020
QUARENTENA DÉCIMO SEGUNDO DIA
23 de março de 2020
QUARENTENA DÉCIMO PRIMEIRO DIA
22 de março de 2020
QUARENTENA DÉCIMO DIA
fim de semana entregues a ecrãs. quebra estratégica. mete-mo-nos todos no carro com abandono do habitáculo apenas e só por um adulto a deixar uma caixa de perecíveis na bisavó de noventa anos. quando liguei a dar notícia da caixa foi uma espécie de de natal. chamou-me anjo. outra paragem estratégica para o ÁFRICA MINHA, extenso para aguentar o V e o X. acrescentamos uma espécie de ginástica no arrancar do fim de semana. meia hora de leitura no aconchego de uns raios de sol que entravam pela janela, este nível de jogo acontece quase sempre na base da negociação e / ou imposição mas que seja. muito pouco tele trabalho batido entre um frango caseiro e um crumble. de manha fiz alongamentos e dancei em simultâneo enquanto conversava com a desarrumação da cozinha. aproveitamos recursos, tudo é gerido ao detalhe e a cozinha tornou-se um laboratório permanente, não é nova a gestão da dinâmica de, no mínimo, quatro refeições por dia. o nosso âmago acusa tensão e o pequenino baralhação com grau elevado de presença parental. tentamos ingerir doses pequenas de noticiários para que o tema e as palavras repetidas à exaustão não lhes martelem na cabeça e façam uma espécie de voo rasante temporário ao tema. as alterações de rotina, a presença de muita gestão familiar e os inputs externos são matéria suficiente para que sintam que o momento será marcante na nossa história de vida. o pequeno disse que gostava muito da professora, acusa sinais de saudades, mas gosta muito do pai e da mãe. começará a segunda semana de desafios. ainda não estamos em condições de alterar o paradigma escolar e laboral mas caminhamos a passos largos. em uma semana entram de "férias" seja lá o que isso for e tenha lá que sentido tiver. o diário de anne frank, agora que a diretora de turma do M lhes impôs 4 linhas por dia num diário pessoal, faz todo o sentido. a introduzir fora do horário noturno para não lhes moldar os sonhos.
19 de março de 2020
QUARENTENA NONO DIA
Abrir as portadas, as janelas, vestir, passo a vida em ordens de comando. para que nos vamos vestir se vamos ficar em casa. é o nono dia. já não sei em que dia fizemos o que. tentei gerir o caos e propus um projeto que os envolvesse a todos, plasticina caseira. um modelo 3d com matéria de estudo do meio de terceiro ano. rio, afluente, planalto, montanha, encosta, ilha, cabo, planície, etc. entretive o pequeno a congelar mamíferos, repteis e peixes em separado.
18 de março de 2020
QUARENTENA - QUINTO DIA
o interior do miolo do que fica no meio de tudo
17 de março de 2020
QUARENTENA-TERCEIRO DIA
15 de março de 2020
QUARENTENA-SEGUNDA DIA

Fizeram um ringue com fita cola e almofadas a forrar elementos de perigo. Extravasaram energia acumulada mas ainda só passaram dois dias. Decidiram instalar como rotina o sobe e desce dos 5 pisos a que estamos confinados. Estivemos uma meia dezena entre este cenário e filmes e séries e sofá e arena. Rematamos o dia com um esboço da nossa escola em casa em vias de começar.
14 de março de 2020
QUARENTENA-PRIMEIRO DIA
Dia 1 é uma maneira de dizer porque entramos mais para dentro numa sexta feira, antes de ser decretado o encerramento das escolas. Por isso o último dia da semana já se fez entre paredes. Deixa-mo-nos estar entregues à ausência de rotina depois de os ter forçado a aceitar ir a uma praia deserta, a nossa praia secreta, a 40 quilómetros de distância. Improvisamos sandes e fizemos pic nic isolados. Mas as decisões pendentes, pressões eminentes, tensões resistentes tinham alarmes ativos, demos- lhes 1 hora a rebolar nas dunas e a recolher godos e pedras para os dias de clausura. Recolhe-mo-nos com os bolsos cheios de vitamina D e de areia.
13 de fevereiro de 2020
imaginação viral
7 de fevereiro de 2020
tradições, comemorações a começar
2 de dezembro de 2019
do que conta para a história das memórias
5 de novembro de 2019
apertar os cintos primeira viagem a arrancar para novas dimensões
eu vista por mim

novembro1982