querido 2016, estás instalado. não sei o que esperar de ti como se alguma vez tenha esperado alguma coisa de algum dos anos que passou. pois bem de ti só espero saudinha, e aquele ram ram que nos satifaz muito de tão pouco que é.
31 de janeiro de 2016
30 de janeiro de 2016
29 de janeiro de 2016
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27 de janeiro de 2016
read
não há um dia para se começar a andar, a falar, a ler. anda tudo no gerúndio como se concluiu na primeira vez. vai-se lendo. vai-se andando, vai-se falando. há duas línguas num novo gerúndio: fluindo.
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26 de janeiro de 2016
free school lane
reinvente-mo-nos. diz que as nossas crianças estão cheias de estímulos e que a concentração, num mundo de luzes a piscar, é o maior desafio. há um novo mundo escolar por abrir sobretudo que não se encerre em avaliações constantes. há famílias a libertar-se em processos de unschooling e outras a construir escolas em casa ou dentro de uma comunidade. há países longe a explorar outros caminhos e escolas perto com caminho feito fora do circuito estereotipado. há muitas reflexões. muitas visões certeiras. a necessidade premente de formar melhor quem forma. é urgente passar conteúdos codificados que vêm do passado sem a sensação de despejar um camião de areia até deixar a cabeça de fora e o corpo preso de milhares de crianças. este ano absorvemos aberturas na forma de trabalhar na escola primária, às vezes vão de encontro a muitas reflexões actuais: não há avaliações formais, a escola termina pouco depois das três, há muito trabalho no tapete, os trabalhos de casa são curtíssimos, pontuais e incluem jogos de computador. aliciante portanto para meninos do século XXI. mas ser dos S'Se dos MAS e ser isto e aquilo e tudo ao contrário é uma baralhação. andamos sempre a tentar empurrá-los para fora do afunilamento visual que as tecnologias introduzem e para longe de um certo amorfismo corporal que elas vinculam, por isso, abrir um computador para fazer trabalhos de casa que são jogar é matar uma tarde de libertação e abrir as portas do encadeamento electrónico bloqueador. ser dos S'S e dos MAS faz-me andar num constante rewind a desejar modelos do século mais que passado. a desejar repetir com outro filho o mesmo modelo de alfabetização "obsoleto", "precoce", "tradicional" porque esse modelo trazia com ele uma professora do futuro, envolvente, mágica e empática, que fazia das letras personagens de muitas histórias e fazia-as aparecerem nos estojos dos meninos. não sei se importa saber que escola será essa do futuro. importa talvez formar melhor quem forma.
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25 de janeiro de 2016
é suposto educar
não é suposto os rapazes resolverem a vida à pancada e não é suposto as meninas serem vaidosas. não, não é suposto os rapazes não chorarem e não é suposto as meninas brincarem só às mães. não é suposto os meninos não brincarem com cozinhas, não é suposto as meninas não saberem encaixar legos. por isso quando ontem a tensão subiu no parque voltamos a conversar sobre encontrar outras formas de usar a nossa caixa mágica que nos distingue de outros animais. por isso quando a tensão sobe entre os irmãos voltamos a conversar. os irmãos cá de casa também se chateiam, implicam, negoceiam, disputam territórios, alimentam conflitos que tentam resolver muitas vezes tão irracionalmente quanto lhes está na sua natureza. temos tempo. damos tempo. e tenta-mo-los transportar a conceitos práticos de disputa, que resultados, que soluções que alternativas. dois leões a disputar território pressupõe morte nos casos mais extremos mas se aos mesmos leões lhes fosse dada a oportunidade de conversar, de em alternativa acertar um acordo que acontecia? eles procuram a resposta e eu vou acabar o jantar...
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24 de janeiro de 2016
eles querem museus
eles querem museus em parte porque conseguimos que eles quisessem museus. prepararam uma artilharia verdadeiramente pesada, cada mochila se encheu de cadernos, canetas, fruta, livros e do que mais se lembraram. pouco nos importamos que os bons quatro anos só se tivessem dedicado a colorir o contorno de um urso já trazido na mochila, mesmo se nenhum urso tivesse sido avistado. pouco nos importamos que tenha sido um candeeiro árabe do século XV a única razão de fazer mexer canetas com os oito anos quase no papo.
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22 de janeiro de 2016
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16 de janeiro de 2016
15 de janeiro de 2016
14 de janeiro de 2016
golos em 18 buracos um mínimo de tacadas
os prognósticos saíram-me invertidos. vais superando um grande desafio devagarinho, não sabes, mas andas a acertar muitas bolas nos buracos. são golos pequeninos que te saem com esforço mas chegaste aqui com umas boas bases. a duração da partida nunca estará definida. obrigada a todos os que se cruzaram no teu caminho para além do teu núcleo mais duro. são quase 8 as voltas que já deste ao sol. só lhe pedimos que continue a iluminar a tua vida.
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13 de janeiro de 2016
que a persistência esteja contigo
és a minha melga. às vezes bato palmas para te espantar, faço números de circo ou ensaio movimentos repentinos que te façam parar de zumbir-me aos ouvidos. enquanto não espetas o teu ferrão certeiro e vês satisfeitas as tuas vontades é difícil ludibriar-te. móis o grão de quem te rodeia até conseguires fazer farinha suficiente para teres o teu pão. é um engano distrair-te, quem se entretém somos nós. paras a insistência mas nunca a desistência, adias a persistência por umas horas até voltares de novo à carga. tens um ferrão preparado mas também muito mel incorporado. persistes, persistes num zumbido quase enlouquecedor e fazes barreiras físicas a tentar travar a indiferença que ensaiamos sem sucesso. quando paramos para te ouvir os quereres accionas o modo pause, quase conseguimos conversar mas rapidamente voltas a accionar o play sem stop à vista. vais tão longe quanto a medida dos teus objectivos. às vezes queres com todas as forças fazer voltar o tempo atrás, se pudesses usavas o comando undo vezes sem conta, em cada banho em que perdes a vez porque te perdeste em mais uma das tuas difíceis gestões emocionais. birras. chamando os nomes aos bois. ontem quando me sentei no chão decidida a não perder a batalha e mais tarde ter mais dificuldades de ganhar a guerra, achei a tua espiral de orgulho ferido demais, por isso, inverti a estratégia de ataque. cedi-te o meu colo e embrulhei as mesmas certezas em todo o carinho e afeto que tinha. enquanto te expliquei baixinho que não cederia e aguardaria as horas ou até os dias necessários para que reconhecesses os teus erros, fechas-te os olhos e caíste no sono quase por magia. sabemos que este é um ano difícil, escorraçaste o sono da tarde cedo demais, mas não nos podemos esquecer do papel que teremos de manter. manteremos o foco para que equilibres o fel e o mel que nos atiras. se pudesse pedia-te para guardares no baú essa tua persistência soltando-a mais amiúde ao longo da vida, com tanta vivacidade como a que espalhas agora. nessa altura sossegaremos estas horas em que quase nos deixas perto de um ataque de nervos.
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12 de janeiro de 2016
os golos que marcamos
estão na infância partilhada. nas horas de zangas subtraídas, nas horas divididas em multiplicações construídas.
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11 de janeiro de 2016
10 de janeiro de 2016
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é do senso comum conhecido e particularmente daqueles que alargam o número de filhos a mais do que um que o primeiro filho, o que abre mais vezes as portas, condiciona muitas vezes a expressão espontânea do mais novo. uma comparação constante de habilidades deixa os pequenos desarmados na impotência de serem tão bons a desempenhar os mais simples papeis. como tão somente desenhar. há ali em permanência um confronto de idades que por vezes pode inibir uma expressão mais espontânea não tão condicionada pela avaliação e um certo desapontamento com a incapacidade de atingir as mesmas capacidades. eu não sei fazer. eu não sei desenhar. andamos a pensar como dar espaço quando ele é difícil de encontrar.
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8 de janeiro de 2016
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7 de janeiro de 2016
tivemos tudo a que tínhamos direito
sol e chuva, dentro e fora, praia e campo. tudo condensado neste umbigo que é o nosso. com os nossos. viagens que de tão perto se vai longe nas memórias e nos afectos. e a parte de uma manhã não é nada por isso este pequenino desejo pode ir para o caderno do novo ano. voltar. voltar lá mais vezes.
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novembro1982