uma vénia a tudo o que vivi. o melhor e o pior. o agreste e o doce. aqui e ali. assim e assado. com eles e sem eles. tudo cá dentro. arrumado. a preparar mais quarenta.
31 de julho de 2017
26 de julho de 2017
25 de julho de 2017
24 de julho de 2017
cartas III
trarás colado ao corpo para sempre a cidade de cambridge a nossa casa de pés no chão, um pátio verde e o esquilo nestum conquistado com o mesmo sabor. trarás para sempre colado ao corpo os anos de vai e vem, as memórias que se esvaem na cabeça dos teus irmãos das brincadeiras na neve e dos mergulhos no tanque do nosso apartamento fronteiriço de basel. nada disto, prevê-se, fará parte das tuas memórias, só da tua história. são tornados de circulações entre três cidades que nos foram arrastando enquanto família como os meses em tornado em que finquei os pés para não nos levar o vento e mantive um adulto para três crianças em modo operacional. garantimos todos as rotinas básicas que incluíam banhos tomados, refeições equilibradas, acompanhamento escolar, amor, histórias ao deitar e algum lazer com rotinas apertadas à cadência de três horas para amamentar, trocar fraldas e dar mimo de bebé colado ao corpo. sobrevivemos. sobrevivemos já a tantas histórias. sobrevivemos já a tanta carga metida nos contentores. trarás para sempre colado ao corpo uma vida em trânsito de que não te recordarás. uma língua com a qual apenas contactarás nos bancos de escola. saberás que surgiste no improviso que construímos com ainda mais amor, no incerto que agarramos com mais união apesar dos dias em que nos espalhávamos entre os três chãos que te dão história. saberás do skype, do facetime e das audio e video chamadas da segunda década do segundo milénio. saberás que foste o presente que nos demos na comemoração da nossa década oficial. saberás que foste a viagem que a vida nos propôs fazer em troca de acrescentar milhas às milhas desses anos. tens entretenimento diário a 4 dimensões, duas personalidades em loop a emanar energia. um a estrafegar-te de beijos apertados e a contagiar-te de amor e bichos, outro munido da sua paciência, sapiência, serenidade e vontade, no alto dos seus 9 anos, a ajudar-te a queimar etapas de crescimento envolvido no mais delicado casulo de carinho. tu a mostrar que conheces o teu clã, os quatro pés da cadeira de baloiço confortável onde te embalas a crescer. a sapiência em pessoa aos 8 meses, que denuncias ao sorrir para um ecrã onde só usas dois sentidos para reconhecer o nosso boy mor. derrete-mo-nos. e eu e os meus botões sabemos que os solavancos de tempo em que me estás a permitir descansar serão passageiros. e que a maior viagem é esta a da vida da família que construímos.
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21 de julho de 2017
vistas para a astrazeneca
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20 de julho de 2017
verão ou inverno
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19 de julho de 2017
18 de julho de 2017
ali ficou a tua história
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17 de julho de 2017
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16 de julho de 2017
por nossa conta
esta ausência de interferência, este por nossa conta total, era muitas vezes perfeito. que consigamos sempre construir destas rotinas de meia dezena. e que consigamos sempre encaixar das outras alargadas sem penalizar estas horas tão preciosas quanto as outras.
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15 de julho de 2017
programação para férias
a nossa escola em casa já foi mesmo em casa. agora a nossa escola em casa passa-se nas férias porque todos os dias são bons para não fazer nada e fazer tudo. porque tudo é aprender e tudo pode ser relaxar.
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14 de julho de 2017
cartas II
saltas os projectos do começar direto para o acabar porque os teus objectivos estão concentrados no verbo fazer e no verbo terminar. tens uma sinceridade por vezes dilacerante mas na mesma medida um contorcionismo matreiro. largas-te como uma fera indomável na brincadeira provocatória porque queres sempre parceiro para ela. interessam-te os maus do mundo animado. os animais para ti têm mais interesse quando são inanimados. apagaste o inglês à mesma velocidade com que entraste nele. achas sempre que os desenhos do teu irmão são perfeitos e que não és capaz de desenhar nada, mesmo o que desejas com toda a tua vontade. eu uso esta referência pela segunda vez mas sei que no fundo a existência de uma referência direta acrescenta uma gestão mental ainda mais desafiante às frustrações normais entre o desejo e a capacidade de traduzir o que vos vai em pensamento. achas sempre que tens poucos sapatos e esse facto deve explicar as persistências que alimentavas aos 18 meses de querer usar sapatos desadequados da estação em que nos encontrávamos mesmo que nos encontrássemos a viver na suíça em pleno inverno e nevasse ou na persistência que sempre alimentaste em não usar os que não te agradavam num conceito estético tão teu. queres sempre os pés quentes e umas meias a fazer garrote para as calças de pijama não saírem do sítio, faça frio ou faça mesmo muito calor. emanas luz e um sorriso sempre rasgado e gingas o corpo solto de todas as tensões que te imputem. dás-te. abraças. beliscas. sorris e deitas tudo o que não te interessa fora. sempre. estás sempre a deitar fora o que não interessa por isso no teu nariz há sempre esse ranho que não interessa guardar. serpenteias a dizer que estás presente e que de nós esperas reações. és distraído, desfocado, desgovernado, expressivo. tens uma omnipresente referencia no teu irmão maior e uma paixão desejada no teu irmão menor. tens sempre em ti um moinho que mói noite e dia e muitas vezes dedicas-te a moer em meu redor as tuas moagens. móis os teus quereres para que a água não deixe de passar, vais moendo mesmo que o vento não vá de feição. um dia mostro-te o cartaz que há dentro de ti e já esteve do lado de fora da tua própria história: não interessa quem faz o que interessa é que se faça. és o nosso huckleberry finn.
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13 de julho de 2017
o tédio
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12 de julho de 2017
cartas I
és o meu tom sawyer que vacila entre viver numa aldeia a pastar gado no monte e correr intercalando pinos, rodas e cambalhotas amparado na palha amortecedora. terias sempre um pé enfiado na terra, uma mão num lápis e outra na tesoura e o corpo balançado numas argolas desde que o júri estivesse riscado do teu mapa mental. mas se a terra te atrai ela também parece disputar lugar com o raciocínio lógico porque te estimula também a ginástica mental e queres ser tão completo que te exiges o infinito. andamos a exercitar-te a desaceleração e a fazer-te relaxar essa tua sede em descobrir as proporções perfeitas das colunas gregas que constróis cada dia em ti. ciência, terra, zoologia, matemática, geografia, biologia, arte, agarras quase tudo com sede e só te questionas porque raio tens de saber que os adjectivos, os verbos e todas as variações de pronomes que já usas têm de ter um nome. Este ano voltaste a montar o teu cavalo seguro mas soltaste-lhe as rédeas, deste-lhe com os calcanhares e lançaste-te feroz nesse teu regresso quase a querer voar em vez de cavalgar. lançaste-te sôfrego a querer agarrar tudo com unhas e dentes e um dia o ar pareceu pouco para aspirar tudo em tua volta. tens o teu computador tão cheio que nalguns dias tivemos de te massajar com muita força os pés, flecti-los com intensidade a fazer esticar todos os tendões ao máximo até conectarem todas as extremidades a te voltarem a ligar-te entre a terra e o céu. tens um exercício novo entregue: focar-te na contagem dos meninos que têm mochila azul na escola. contas-me coisas com delays prolongados que denunciam a velocidade e ao mesmo o alcance da tua maturação e nos surpreendem. vais moendo devagarinho, guardadas nas tuas gavetas, as tuas vivências. estamos aqui para te ajudar a arrumá-las. vai com calma meu tom sawyer.
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11 de julho de 2017
10 de julho de 2017
desacelerar
naquele mês de julho desaceleramos encravados nos ritmos de um bebé e de um adulto em labuta, entregues só a nós. this is us estava só na primeira temporada e a mãe tentava convencer o pai de que estes como aqueles são momentos mágicos que devemos preservar, construir e reconstruir porque é sobretudo nestes que construímos a nossa história. esta mãe daqui aspira a ver dramas em série mas nunca chorou com a série, só se derretia e aguardava impaciente novos episódios imaginando-se a rever a sua espécie de álbuns diário que foi construindo a recear o alzheimer e a babar para cima das memórias todas com os olhos a brilhar.
9 de julho de 2017
the big weekend
fossilizar objetos do século xxi. explorar um mundo dos fósseis pode ser fácil e divertido e esta carta já a temos na manga para repetir. basta uma base de barro esticada e pressionar um objeto à escolha. encher com gesso um molde sobre a base de barro e anexar informação.
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8 de julho de 2017
7 de julho de 2017
nestum
olá sou o nestum desta família. conquistado com nestum, avelãs e bolachas. passei a fazer visitas diárias e já ouso maior descontração às aproximações que me fazem. eu fujo, eu já não fujo, eles fogem, eles voltam. vamos ter saudades tuas nestum.
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6 de julho de 2017
5 de julho de 2017
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4 de julho de 2017
férias aos solavancos
iniciar as férias com uma redução abrupta de estímulos. uma paleta de verdes e algum tédio tão subvalorizado. agarramos todos os bocadinhos de sol e sugamos todos os minutos de calor extra que permitiram uma guerra de esguichos com muitos sorrisos espalhados.
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3 de julho de 2017
2 de julho de 2017
família
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eu vista por mim

novembro1982