se pudesse escolher escolhia sempre a noite da passagem do ano como um dia igual, ainda mais com a família que construí com ainda menos interferências. não gosto do brinde, do jantar de festa partilhado, e nem da overdose de comida deste dia. se escolhesse escolhia rituais privados pequeninos, as nossas tradições (re)construídas. se pudesse escolher aninhava-me no nosso sofá encaixada na nossa meia dezena acalmada da turbulência dos dias. não a resoluções porque todos os dias são bons dias para começar, a cada dia um recomeço e nós já recomeçamos tantas vezes em datas espalhadas por todos os meses e dias de vários anos. recomeçamos sempre que viajamos, sempre que remontamos uma casa, sempre que um filho nasceu, sempre que mudamos de país, sempre que nos reencontramos, sempre que nos separamos, sempre que nos abraçamos, sempre que pedimos desculpa, sempre que sorrimos em conjunto, sempre que nos reconstruimos, recomeçamos sempre uma e outra vez a qualquer hora, em qualquer dia. por isso chega ao dia 31 deste mês de dezembro e só desejo que o calendário o salte rápido e avance para todas as mil oportunidades que temos a cada hora de todos os dias. mas sou muito agradecida a quem tenho ao meu lado por todos os dias ter oportunidade de construir tanto alicerce alinhado. é a ti que devo vários momentos dos mais felizes desta vida.
31 de dezembro de 2018
30 de dezembro de 2018
segunda pessoa do plural
picam-se, espicaçam-se, amordaçam-se, disputam-se, partilham-se, influenciam-se, estimulam-se, provocam-se, empurram-se, incitam-se, desafiam-se, animam-se, desenvolvem-se. serão sempre um imperativo e no plural.
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contar com contas nas férias
continuo sem aversão nem amor aos trabalhos para casa. às vezes dão-nos momentos maravilhosos, outras vezes tensos, outras vezes magistrais oportunidades de reinventarmos momentos construídos em conjunto, outras vezes imersões no mundo que nos rodeia a partir do mundo pequenino que nos envolve que é a família. vinha escrito no caderno treino de tabuadas e lá continuaram as letras abandonadas a marinar. mas eis que uma comunhão de acasos cruzou um momento em que tropeçamos num jogo com apenas dois filhos em casa e um jantar requentado e foi o apogeu de um momento de partilha que misturou trabalho, jogo, prazer, convívio à mistura e paz. e ali ficamos a montar a tabela e a fazer saltar números.
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29 de dezembro de 2018
our star grows every day
a mãe lança as armaduras, leva os lanches, agenda os dias, traça trilhos, monta cenários, mete chão, espalha bases, faz rebolar rotinas, monitoriza recheios de mochilas, de recados, de agendas de tarefas, lança histórias lidas, palavras e rimas, lança sementes e raizes que o pai rega e transforma em magia, dá-lhes céu, dá-lhes corpo, espalha momentos, concebe as melhores vivências, os mais descontraídos ensinamentos, as mais importantes referências, as mais espetaculares idas, o mais especial equilíbrio, a mais mágica maturidade emocional. põe o nosso edifício todo em pé. a mãe observa muitas vezes de fora. nesta estrutura já não importam os remates porque interessa o miolo, o espaço, o dentro, o conteúdo. está lá um poema seja qual for a última frase é só nesta meia dezena que o poema ganha voz. e, um dia, quando a mãe e o pai forem de novo dueto num bis ensurdecedor recordarão, de mãos dadas, os caminhos rasgados com uma dezena de pés a fazer pégadas. o recheio que transborda dos punhos fechados enquanto se lançam, mais devagar, a fazer mais caminho e a visitar o infinito mundo que haverá por espreitar.
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17 de dezembro de 2018
cantinhos a que hei-de sempre voltar
temos sítios nas cidades por onde passamos onde plantamos memórias. mas, por passarmos muito mais tempo numa, há muitos percursos que fazemos que nem sempre nos devolvem uma espécie de estética de bem estar que ultrapassa várias dimensões e níveis de estar. gosto de os levar a expandir em dois sítios nesta cidade, um com um de horizontes infinitos com uma presença infinita de muitos por de sois e este parque.
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16 de dezembro de 2018
a turbulência feliz do mês de dezembro
o mês de dezembro engole-nos entre festas de natal, aniversários e o final do primeiro ato da vida escolar, entalado entre um período de férias a boicotar as rotinas e a desgovernar os dias. eles têm um calendário do advento sem chocolates a transbordar de momentos construídos para preenchermos os serões que não temos tido. a vida anda desgovernada e os caixotes arrastam-se no corredor em alerta permanente tal e qual a baba de lesma arrastada diretamente do nosso pátio na norfolk street. tenho muitas saudades do nosso pátio de pertersfield e das horas que, senhora do meu nariz, me davam para orientar o nosso bunker familiar. mas como os ses e os mas me definem aprecio agora o que nos faltava antes e, este último fim de semana foi mesmo recheado de pessoas e quando os vejo cheios de pinturas na cara, adereços, sapatos espalhados entre primos e primas de várias faixas etárias a construir memórias preciosas fico também saudosa. uma espécie de saudades a projetar o passado no futuro. há aquele burburinho familiar, aquela espécie de não cerimónia que me relaxa a banha saliente. são muitos anos para chegar aqui a este estádio de convívio.
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14 de dezembro de 2018
13 de dezembro de 2018
1 andante 2 falante
9 de dezembro de 2018
sem parar onde irás parar?
és o nosso recheio que ouve e reflete, que ouve e pergunta, que ouve e opina. és o nosso recheio que pincha, és o nosso recheio tipo peta zetas na boca, és o nosso recheio que derrete e transborda. és o nosso recheio doce como mel, como favo de colmeia encaixado numa forma o mais otimizada possível. és o recheio da nossa sanduíche. és o nosso recheio estaladiço e muito crocante. um destes dias, como de costume, saltitaste de questão em questão com arranque num nome de uma escola profissional, esmiuçaste todos os níveis dos primos mais velhos, cada etapa escolar, cada nível do jogo e remataste como de costume: ah!!!! mas eu vou acabar a faculdade! ninguém me pára!!!
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8 de dezembro de 2018
this is us
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7 de dezembro de 2018
viajar é sempre ir à escola
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3 de dezembro de 2018
1 de dezembro de 2018
expansão contida
não sabemos se os dias daquele inverno nevoso em basel a fazer muitos origamis com vídeos de apoio se entranharam nas tuas gavetas das memórias. já lá vão 5 anos de distanciamento e muitas vidas no entretanto. queres tempo porque há sempre dentro de ti vivências que materializas em manualidades. és corpo de uma mente contida que se expressa devagarinho. és um miudo cheio de interesses, interessante e interessado. mas precisas do silêncio e de espaço físico e mental para te expandires para além de ti.
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novembro1982