às vezes lê entrevistas ou historias de vidas cheias, com substancia e profundidade. é tão ordinária que acha que nunca ousaria vivê-las talvez porque farta de exposição sempre desejou a contra corrente, a estrada menos concorrida, a praia mais vazia. atrai-a os bilhetes de identidade como o da maria filomena, as entrevistas biográficas de gente cheia de conteúdo. às vezes esquece-se que tem aventuras e substânica que chegue para preencher uma milésima de conteúdo com substrato. a sua verdade não é a verdade daqueles com quem viveu enquanto floresceu. tem tanto mas tanto deles que todos os dias transbordam as diferenças que os separam. é um contra senso que cheio de sentido quanto a noite e o dia. é o contra senso, esse sentido que tem das coisas contrário às ideias de maioria mas que não ousa gritar nem viver porque, lá está, é ordinária e não extraordinária. básica, sem pejos e sem adornos. adora ir para poder voltar ao canto encolhido do lar onde nem sabe bem onde seja. deixa-se ir na corrente mas os seus olhos brilham na contra corrente. é o tolo do meio da ponte, o que ama o sim e o não e todos os antónimos que existem.
31 de julho de 2019
no miolo da vida
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25 de julho de 2019
builder son

és o construtor. o que nunca se entedia. o que quer mais horas por dia. o menino dos projetos entalado em atividades. que o martelo Mjölnir te poupe a grandes trovões, relâmpagos e tempestades e a épicas batalhas. que tenhas a proteção da humanidade e uma coleção gigante de pequenos momentos de felicidade. há sempre uma força dentro de nós.
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23 de julho de 2019
a urgência de viagens mundanas
eles trocam de atividades a cada semana. eles rodam a casa de amigos na hora de dormir. sobra o pequeno a viajar ainda em voos baixinhos. e as dificuldades que estão a ser as viagens à casa de banho.
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20 de julho de 2019
out sider life / in sider growth






A canção dos adultos
Parece que crescemos mas não.
Somos sempre do mesmo tamanho.
As coisas que à volta estão
é que mudam de tamanho.
Somos sempre do mesmo tamanho.
As coisas que à volta estão
é que mudam de tamanho.
Parece que crescemos mas não crescemos.
São as coisas grandes que há,
o amor que há, a alegria que há,
que estão a ficar mais pequenos.
São as coisas grandes que há,
o amor que há, a alegria que há,
que estão a ficar mais pequenos.
Ficam de nós tão distantes
que às vezes já mal os vemos.
Por isso parece que crescemos
e que somos maiores que dantes.
que às vezes já mal os vemos.
Por isso parece que crescemos
e que somos maiores que dantes.
Mas somos sempre como dantes.
Talvez até mais pequenos
quando o amor e o resto estão tão distantes
que nem vemos como estão distantes.
Então julgamos que somos grandes.
Talvez até mais pequenos
quando o amor e o resto estão tão distantes
que nem vemos como estão distantes.
Então julgamos que somos grandes.
E já nem isso compreendemos.
Manuel António Pina
(do livro "O pássaro da cabeça")
(do livro "O pássaro da cabeça")
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18 de julho de 2019
lutas sem som
as disputas territoriais são a orquestra dos dias, detesto mediar conflitos que envolvam física quântica. sabem ser ruidosos. nada de novo. eles conhecem-se e conhecem os calcanhares de Aquiles, sabem que torções de tornozelos fazer-se. noutro dia enquanto o pequeno caía no sono ficaram a prolongar-se no jogo do rodopio entre quartos. cumpriram o nível de som a roçar o silêncio. foram apanhados encavalitados e afirmaram tratar-se de um luta sem som.
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14 de julho de 2019
pés nas pedras
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11 de julho de 2019
histórias aos quadradinhos
quando lhe púnhamos picotagem na frente mostrava impaciência, enfado e fazia-o a despachar, sem entusiasmo. fomos catalogando a coisa assim: gestão de paciência para tarefas demoradas num nível baixo. mas as gavetas onde enfiamos características de pessoas a crescer não são caixas estanque, amovíveis, impenetráveis, bloqueadas. quando na escola lhe abriram este espectro da pintura de quadrados levou-a ao infinito, explorando com sapiência, paciência e empenho a tarefa de não descansar enquanto toda a folha não estivesse preenchida. abram gavetas, não deixem nada com aloquete e não cataloguemos os meninos que o crescimento é barro que se molda para sempre.
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10 de julho de 2019
a passos largos para a terceira volta estar completa
todos os dias pede cuecas mas continua a usar fralda sob pena de termos acidentes em loop. estamos em dead lines em setembro ingressa na escola de todos. descobriu a manga curta e a leveza da roupa de verão. vê desenhos animados inapropriados porque ter irmãos mais velhos não são só coisas positivas. pronuncia tudo na perfeição mas continua a insistir na pamta quando abre garrafas de água.
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8 de julho de 2019
e quando crescemos em plena quarta década
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6 de julho de 2019
a tua zoologia na universidade júnior

tem um sentido estético que talvez se sobreponha. a tua zoologia tem um parceiro de combate. um interlocutor de disputa. a tua zoologia do coração tem as artes visuais a passar-lhe muitas vezes por cima. e quando te oferecemos as ciências e as artes há um mundo de atrações. não sabes que estás a abrir mais portas e não são só essas de desbravar uma cidade, da penetração em centros de saber ou nessa de conhecer pessoas novas. estarás a abrir portas dentro de ti. portas e janelas são o que nos faz abrir ao mundo. ao mundo que há em nós.
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5 de julho de 2019
fomos "almoçar" fora






é uma das praias "à mão de semear" que mais gostamos. tão vazia em tempo de férias. tão cheia de matéria prima. encravada entre a água doce e a salgada, entre areal dunar e pinhal e sol e sombra. entre mar revolto e poças e rochas e areia fina. dispensamos enfiar as pernas sob uma mesa e dispensamos a musculação de talheres na mão. alimenta-mo-nos desse improviso esvaziado de artefactos. concluímos sempre que bate qualquer refeição saudável porque nos alimenta para lá do óbvio.
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4 de julho de 2019
perto que é ir mais longe








pedras, areia, dunas, água, água salgada, água doce, godos, ardósia, um canivete, uma tenda e uma merenda. não precisamos de nem um brinquedo. não precisamos gerir conflitos. não precisamos de gerir aflitos. este nosso pousio secreto transborda de matéria prima para passar um dia a sacudir o tédio e a alimentar a arte da divagação, imaginação, exploração, concentração, e animação. eles trepam duna acima, rebolam duna abaixo. eles afiam paus e lascam pedras, selecionam godos e saltam com as pulgas. instalam o silêncio e fazem rodopiar os pensamentos.
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2 de julho de 2019
o puzzle do tempo ou o tempo de um puzzle

nem sempre o tempo encaixa no tempo que queremos que o tempo tenha. encaixar peças requer tempo essa medida de tempo que parece que corre. o tempo de um puzzle faz nos regressar ao tempo que o tempo deve ter. é um programa que encaixa em tempo de férias onde o tempo deve regressar a essa unidade de medida das rotações e das translações a compassos de ritmos alinhados com a natureza da vida.
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1 de julho de 2019
férias e os mergulhos nos campos, atl´s, atividades e campos de férias
houve anos em que as voltas que a vida nos deu e a volta que demos à vida fizeram com que nos entregássemos uns aos outros de forma mais intensiva. não havia atl´s, nem campos de férias e às vezes nem escola. hoje ainda se tenta atirá-los para o máximo de dias sem. sem orientações, sem atividades de ocupação. sem horas, sem merendas. com o avançar das idades os dias de deriva acabam muitas vezes em mergulhos eletrónicos profundos. são sempre em profundidade já que os eletrónicos criam uma relação difícil com a manutenção do corpo à tona da água. este ano vamos ter um apogeu de ocupações. não há como não aceitar as circunstâncias no tempo verbal a que elas pertencem. as suas memórias serão muito diferentes da geração anterior nem para melhor nem para pior que as memórias de infância hão-de ser sempre memórias doces. porta aberta ao triplo mês das férias escolares.
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novembro1982