23 de outubro de 2018

são sempre dias bons. mesmo assim.

queria fazer tudo como a buda coen, com o espírito zen nos píncaros. o mindfulness nas veias. lançar-lhes frases inspiradoras antes do escrutínio aprofundado de todos os tipo de textos não literários que o ajudei a estudar. lançar-lhes às feras do positivismo mesmo face a uma disciplina associada a uma professora fora do circuíto das suas preferências. conseguimos até recordar, na paz, tudo o que já deu a essa disciplina até aqui a um nível acima da média. trabalhamos assim a mudança da perspetiva derrotista a invadir-lhe o espírito. havia uma abelha aos saltos sempre feliz a zumbir, o nível no topo dos topos e um bebé a rebolar-se em mim desde as três da manhã o que me fazia transpirar cansaço e frustração. bolas, era um corpo erguido a fazer circunferências recheadas de chocolate desde as sete da manhã, a forrar lancheiras,a rechear mochilas, a coordenar vestimentas compatíveis com a metereologia e a lançar maté ria à fera mais mansa do pedaço. somos um vulcão em erupção a cada manhã, sinto-me um atirador furtivo a lançar procedimentos preventivos para a explosão. no fim, um caçula a gritar papeta até ao momento da distribuição e entregas. venho com esta lava ainda incandescente colada e a queimar-me o corpo, sinto os estilhaços no meio dos fios de cabelo. ainda não me recompus. tenho uma angústia no peito e uma mochila pesadíssima nas costas. ansiosa por pousar carga no chão na próxima semana. salamaleco. 


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eu vista por mim

eu vista por mim
novembro1982