18 de setembro de 2020

2020 da sorte que temos

 


temos sorte. no meio do caos. temos sorte. no meio do incerto. 2020 é o ano mágico. a ficar nas memórias deles. a ficar nas páginas dos livros. temos sorte porque é nos desafios que mais crescemos. temos sorte porque eles vão ganhar com a vida não ser sempre facilitada. temos sorte porque as experiências com desafios nos reportam mais consistência. temos sorte. mais sorte temos com as escolas deles. as medidas não nos assustaram no pré escolar. estão centradas num compromisso entre ser criança e adaptação a um vírus novo, as medidas estão a ser razoáveis no primeiro ciclo, há bola e corrida e ar livre. o segundo ciclo avança hoje e a apresentação da diretora de turma numa sala com pais arrancou com tudo menos só covid. acabou nas contingências desta vida mas foi mais para além disso. toda a comunidade a apalpar terrenos, tudo a encarar desafios. tudo a minimizar impactos foi o que sentimos. havia silêncio entre os pais e pouca agitação e é essa a mensagem que nos tem de pairar no sótão. quando a vida nos põe questões e desafios, temos sorte. porque a vida não é uma linha reta perfeita e quanto mais curvas mais ginástica mental ganhamos para a viver. temos sorte porque esta geração vai ganhar vida, profundidade, vivências marcantes que lhes aportarão material valioso. temos sorte porque o covid nos pôs a pensar mais e em mais coisas. temos sorte porque tomamos consciência do quão valioso são coisas pequenas. temos sorte porque nos lembramos que eles têm de brincar. temos sorte porque voltamos a por questões, a por coisas em perspetiva, a envolvermo-nos na vida. não nos queixemos. temos sorte. temos mesmo muita sorte porque eles vão poder escrever nos seus livros de memórias histórias de desafios que não se vão tornar A sua vida mas um episódio dela. a sorte que nós temos. a sorte que eles têm.

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eu vista por mim

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novembro1982