encontrei-nos há dois anos atrás
27 de fevereiro de 2010
26 de fevereiro de 2010
dos outros




em criança apanhei muitas borboletas com uma prima. esborrachàvamos-lhes o corpo em folhas brancas e colecionàvamos maravilhosas cores tentando não tocar nas suas sensíveis asas (eu acho que não tocava em quase nada -a atracção pelas asas coloridas e a repulsa pelo corpo esguio geravam essa ambiguidade- mas recordo a perícia para não lhes esmagar as asas e não despigmentarem). tínhamos tantas naquele jardim privado. agora quase não se encontram borboletas. se tivesse melhores pernas também as trazia nuns collants. em roma encontramos artificiais à venda na rua (as duas imagens de cima) e hoje encontrei duas instalações da canadiana Kristi Malakoff, mas foram as imagens da instalação de figuras recortadas que mais me deliciaram.
25 de fevereiro de 2010
"eram mais verdes para esta mesa se faz favor "
aquele bocadinho de jardim, jogar raquetes usando folhas das árvores mais à mão à hora que for e ao virar da esquina, chegar a tempo de jogar com eles.
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moi et les autres
24 de fevereiro de 2010
23 de fevereiro de 2010
22 de fevereiro de 2010
das histórias
19 de fevereiro de 2010
17 de fevereiro de 2010
citrinos dos nossos
deixàmos as árvores tipo capachinho no cimo da cabeça. enquanto quase todos as atacávamos o miúdo descascava-as e comia-as, gomo a gomo. temos repetido assim quase todos os anos um encontro de primos a somar mais de 25 entre miúdos e graúdos, este ano, com a inclusão da apanha da laranja, da nossa, soube bem melhor.
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nós por cá,
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16 de fevereiro de 2010
pelo minho
a senhora mal humorada e o senhor de garrafa na mão e faces rosadas, a pseudo alegria estampada no rosto faz-me sorrir a cada passagem para lá chegar. tão portugueses.
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11 de fevereiro de 2010
no sotão
2 anos e mais uma remessa de presentes, nunca sei bem como gerir a quantidade de embrulhos. para já abrimo-los nós, às vezes escondemos embrulhos o que permite dosear e controlar a desconcentração espalhada por tantos objectos. ainda me perturba ver meninos a rasgar papeis a um ritmo alucinante e a atirar caixotes para o lado. no dia seguinte saiu de balde e esfregona na mão, pela rua fora, de mão dada com o pai. acho que o vai usar muito no pátio da avó e já lhe adivinho, mal o tempo aqueça, os pés molhados e a felicidade no rosto. este menino adora água e está perto de me ajudar a lavar loiça.
*
a propósito, NO SOTÃO, um livro para miúdos e graúdos do mesmo autor que este e ilustrações também de satoshi kitamura.
9 de fevereiro de 2010
à porta
carregada de sacos, resgatei-os em duas vezes e à segunda o miúdo bate-me com a porta. eu fora ele dentro. tudo dentro. eu de fora, dois sacos na mão. nervoso a subir frieza a descer. gastar muito o nome dele e mantê-lo perto da porta, dar-lhe instruções infrutíferas e adoptar planos diferentes. acalmarmo-nos com canções e jogos - adivinha onde estou a bater na porta. sentá-lo e correr a procurar vizinhos, não conheço os meus vizinhos, não há vizinhos em casa, quatro casas vazias. subir e descer muitas escadas muito depressa. cantar outra vez, e desaparecer por mais tempo. contacto estabelecido e o mais rápido dos voos. rasgar papelinhos da embalagem de congelados e passá-los por baixo da porta, entrarmos os dois no jogo chegarmos quase a divertirmo-nos com o nervoso abafado: estás a ver o papelinho? conseguiste apanhá-lo? vou passar outro, este é verde estás a vê-lo? o xim mais doce, música nos meus ouvidos.
8 de fevereiro de 2010
como sempre tento que seja
fiz-lhe uma viola num almoço mal comido (fica para protótipo que a pressa desestruturou-me o molde). tivemos bolos treinados de véspera e sandes decoradas. gosto dos bolos imperfeitos, prata da casa. ela adora fazer-nos bolos e preparar-nos festas e ajuda, ajuda muito em transformar os nossos momentos em mais especiais. dá sempre trabalho demais e há sempre tempo de menos mas depois conto-lhe o carinho que pairava na massa que ela deixou cair na farinha. só composemos a sala, as malas ficaram por desfazer, há sempre qualquer coisinha fora do sítio, culpa minha. uma correria este dia, para o encher de todos e esvazia-lo de faltas. mais que uma festa, como sempre vai ser.
7 de fevereiro de 2010
our boy
foi nascido no dia em que fizemos quarenta semanas porque não queria escolher dia nenhum, que isto de se escolher dias de nascer não é para mim. guardo bons momentos da abertura da janelinha. parece que foi ontem. insiste no número sete como resposta ao quantos anos tens. para os despertares e os acordares, mamã, é a palavra predilecta e mais vezes repetida. das manhãs de há dois anos atrás guardamos muitos momentos no sling. este ano, os primeiros segundos das manhãs, são de colo encaixado tipo sapo, cabeça no meu ombro. deu os primeiros passos pouco antes do primeiro ano, equilibrou-se cedo. soltou as primeiras palavras quatro meses antes dos dois anos (não contam mama, papa, titi e borba) , assim de repente, até dezembro foi galopante. conversa muito, diz tudo, bem explicado, envia recados e quase já não troca o tu e o eu. quer fazer tudo sozinho, descer do carro, subir para a cadeira, tirar o gorro, ajudar com os sacos, levar o casaco, soltar os gomos da tangerina, etc, convictamente reinvindicado com um "tu desces", "tu fazes", "tu levas". come sopa por passar e adora peixe grelhado. na semana passada descobriu as raízes do alho e do feijão que enfiou na terra com a avó, depois explicou-me. ensinou-me que as raizes cresceram e que o sol pinta as flores. deixou o infantário, em setembro recomeçamos noutro, com mais jardim e memórias comuns a mim. andamos a construir um castelo, a caixa é perfeita e são tantos os pacotes de leite que vai ter muitos torreões, já tem porta e uma janela que funcionam bem. esteve 5 dias em roma e portou-se lindamente (esquecendo as noites em que estranhou o ambiente). atraíram-lhe mais as pocinhas, a chuva e andar de guarda-chuva do que o coliseu e o avião. é a minha descoberta de um outro amor. a conversa sobre os filhos, os nossos, interessa-nos sempre a nós, sobretudo a nós.
6 de fevereiro de 2010
papagaio real extra
saltar de roma para o comércio local, nós por cá encontramos um lojinha com estes restinhos de novelos a um euro, pura lã de uma antiga fábrica extinta. temos pena. tento-me a traze-los todos. hei-de desenrascar-me na liga e na meia. um dia farei meia com uma perna às costas na minha cadeira de baloiço.
5 de fevereiro de 2010
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eu vista por mim

novembro1982